ORIGENS DAS IGREJAS

 


Nesta seção tentaremos fazer uma revisão de como Jesus Cristo usou os seus, ao longo dos tempos, para que as suas igrejas tenham chegado até nós.
 

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Casa Sobre a Rocha - Coluna Bíblia e Engenharia (1)

CASA SOBRE A ROCHA

                Esta coluna tem como objetivo principal fazer comentários sobre trechos da Bíblia que de alguma forma tem ligação com a engenharia como ciência aplicada e tecnológica. O autor não tem a intenção de aprofundar os conceitos teológicos, mas apenas identificar passagens bíblicas que tenham conteúdo associado à engenharia.
                Neste primeiro artigo serão abordados os versículos presentes no Evangelho de Mateus 7:24-27, a saber:

"Todo aquele, pois, que ouve estas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína."

            Na engenharia civil a base de sustentação de uma casa ou edifício é denominada de Fundação. Esta fundação deve ser apoiada em um terreno que apresenta resistência e estabilidade apropriada para receber as cargas provenientes da obra. As fundações podem ser classificadas de uma maneira geral em superficiais e profundas. São consideradas superficiais quando a profundidade abaixo do nível do terreno é menor ou igual a 3,0 metros e profundas quando superior a este número.
Nesta parábola a rocha pode ser considerada como uma camada do terreno adequada para sustentação e apoio da base da casa. É um material natural de resistência elevada. A fundação e a obra como um todo resistem às ações da natureza como a força da água e do vento.  A areia, por outro lado, representa uma camada do terreno que não apresenta resistência suficiente para resistir de forma adequada e com segurança às forças naturais. A água arrasta seus grãos e a construção nela apoiada perde a estabilidade e desaba. Esta areia pode ser identificada como um solo colapsível, que apresenta deformação brusca ou colapso, em contato com água e sob determinada pressão. Este tipo de solo é comum em alguns pontos de Israel. A areia pode ainda ser associada aos solos de dunas ou do deserto, que são transportados pela ação do vento.

A prudência e o bom senso são qualidades muito importantes para os profissionais de engenharia e de modo geral para todos os cristãos.


* Engenheiro civil da UFPE e Professor Adjunto da UNICAP

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BIOGRAFIAS

Por ordem alfabética

Guilherme Farel
Jerônimo Savoranola
João Calvino
John Huss
John Knox
Jonh Wyclif
Martim Lutero
Úlrico Zwinglio

RELIGIÕES BRASILEIRAS

Índices demográficos referentes às igrejas Evangélicas no Brasil. Com Base nos dados referentes ao Censo 2000, obtidos por meio do IBGE.

1. Parcela da Assembléia de Deus no Brasil

Como pode ser visto na Figura 01, a Igreja Assembléia de Deus representa em torno de 5% da população recensiada em 2000 (isto é 8.418.140 brasileiros), ocupando a terceira posição no ranking das maiores denominações do nosso país. O interessante deste diagrama é constatar que a faixa da população sem religião é 2% maior que a da própria Assembléia de Deus, ocupando a segunda posição das "religiões" aqui presentes.

Figura 01. Parcela de Assembléia de Deus no total da população Brasileira.


2. Panorama das Igrejas Evangélicas no Tempo

O termo "evangélico" na América Latina, designa as religiões cristãs originadas ou descendentes da Reforma Protestante Européia do século XVI. Está dividido em duas grandes vertentes: o protestantismo tradicional ou histórico (de missão), e o pentecostalismo. Os evangélicos que hoje representam 13% dos brasileiros, ou mais de 23 milhões de pessoas, vem tendo um crescimento notável (no Censo de 1991 eram apenas 9% da população - 13,1 milhões). As denominações pentecostais são as responsáveis por esse aumento, ver Figura 02.

Fonte: www.portalbrasil.net, CITADO POR: http://www.portalsaofrancisco.com.br
 
Figura 02. Porcentagem de Evangélicos das igrejas de Missão e Pentecostais


Tabela 01. Quantidade de Fiéis, por denominação
"A Tabela 01. Explicita a quantidade de fiéis por denominação e por classificação histórica (Igrejas de Missão e Pentecostais, Respectivamente). Fato interessante desta análise é que a Igreja Assembléia de Deus é a maior representante do grupo dos Pentecostais tendo número de seguidores superior ao total das igrejas de Missão (ver Figura 03)".
Figura 03. Número de Fiéis para as maiores igrejas evangélicas do País.


IGREJAS NO BRASIL

O termo "evangélico" na América Latina, designa as religiões cristãs originadas ou descendentes da Reforma Protestante Européia do século XVI. Está dividido em duas grandes vertentes: o protestantismo tradicional ou histórico, e o pentecostalismo. Os evangélicos que hoje representam 13% dos brasileiros, ou mais de 23 milhões de pessoas, vem tendo um crescimento notável (no Censo de 1991 eram apenas 9% da população - 13,1 milhões). As denominação pentecostais são as responsáveis por esse aumento.

Protestantismo histórico - Esse grupo surge no Brasil de duas formas: uma decorre da imigração e a outra, do trabalho missionário. O protestantismo de imigração, forma-se na primeira metade do século XIX, com a chegada de imigrantes alemães ao Brasil, em especial à Região Sul, onde fundam, em 1824, a Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil. As igrejas do protestantismo de missão são instituídas no país na segunda metade do século XIX, por missionários norte-americanos vindos principalmente do sul dos Estados Unidos e por europeus. Em 1855, o escocês Robert Reid Kelley funda, no Rio de Janeiro, a Igreja Congregacional do Brasil. Segundo o Censo de 1991, os protestantes tradicionais são 3% da população brasileira e estão concentrados, em sua maioria, no sul do país. Nas últimas décadas, com exceção da Batista, as igrejas protestantes brasileiras ou estão estagnadas, apenas em crescimento vegetativo, ou em declínio. Seus integrantes têm, em média, renda e grau de escolaridade maiores que os dos pentecostais.

Luteranos - As primeiras comunidades luteranas de imigrantes alemães se estabelecem no Brasil a partir de 1824, nas cidades de São Leopoldo (RS), Nova Friburgo (RJ), Três Forquilhas (RS) e Rio de Janeiro (RJ). O primeiro templo é construído em 1829, em Campo Bom (RS), e os pastores europeus chegam depois de 1860. Em 1991, há 1 milhão de membros, localizados principalmente no Rio Grande do Sul, e 1,1 milhão em 1995. Até 2000, o número de luteranos, bem como dos demais protestantes históricos, não sofre alteração significativa. Os luteranos, como os anglicanos, estão mais próximos da teologia professada pela Igreja Católica. Em 1999 chegam a assinar um documento histórico em que colocam fim às suas divergências sobre a salvação pela fé. Das correntes luteranas, a maior e mais antiga no Brasil é a Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil, com 410 paróquias espalhadas por todos os estados brasileiros, segundo dados da própria igreja. Posteriormente, surgem outras correntes luteranas, como a Igreja Evangélica Luterana do Brasil, vinda dos Estados Unidos no início do século XX.

Metodistas - Primeiro grupo de missionários protestantes a chegar ao Brasil, os metodistas tentam fixar-se no Rio de Janeiro em 1835. A missão fracassa, mas é retomada por Junnius Newman em 1867, que começa a pregar no oeste do estado de São Paulo. A primeira igreja metodista brasileira é fundada em 1876, por John James Ranson, no Rio de Janeiro. Concentrados sobretudo na Região Sudeste, os metodistas reúnem 138 mil fiéis e 600 igrejas em 1991, conforme censo do IBGE. De acordo com o livro Panorama da Educação Metodista no Brasil, publicado pelo Conselho Geral das Instituições Metodistas de Ensino (Cogeime), atualmente são 120 mil membros, distribuídos em 1,1 mil igrejas. Entre os ramos da igreja metodista, o maior e o mais antigo é a Igreja Metodista do Brasil. Sobressaem também a Igreja Metodista Livre, introduzida com a imigração japonesa, e a Igreja Metodista Wesleyana, de influência pentecostal, estabelecida no Brasil em 1967. Os metodistas participam ativamente de cultos ecumênicos. Na educação têm atuação de destaque no ensino superior, com 23 mil alunos matriculados em 2000.

Presbiterianos - A Igreja Presbiteriana do Brasil é fundada em 1863, no Rio de Janeiro, pelo missionário norte-americano Ashbel Simonton. Maior ramo da igreja presbiteriana do país, possui 150 mil membros, 600 pastores e 700 igrejas. Em 1903 surge a Igreja Presbiteriana Independente, com cerca de 50 mil membros. Há ainda outros grupos, como a Igreja Presbiteriana Conservadora (1940) e a Igreja Presbiteriana Unida do Brasil (1966), que somam 5 mil membros. Esta última é a igreja protestante brasileira mais aberta ao ecumenismo. Um de seus fundadores, o reverendo Jaime Wright (1927-1999), foi um dos religiosos que se destacaram na luta contra a tortura durante o regime militar de 1964. Na década de 70 surgem grupos com características pentecostais, como a Igreja Cristã Presbiteriana, a Igreja Presbiteriana Renovada e a Igreja Cristã Reformada. Pelo censo de 1991, têm 498 mil membros. Os presbiterianos mantêm na capital paulista uma das mais importantes universidades do Brasil, a Mackenzie.

Adventistas - Os primeiros adeptos da Igreja Adventista surgem em 1879, em Santa Catarina. A Igreja Adventista do Sétimo Dia, a maior desse ramo no país, é organizada em Gaspar Alto (SC), em 1896. Em 2000, a instituição estimava ter quase 1 milhão de membros e 3.696 igrejas. Entre os outros ramos que aqui se desenvolvem estão a Igreja Adventista da Promessa e a Igreja Adventista da Reforma. Os adventistas mantêm uma extensa rede hospitalar e estão em todos os estados brasileiros.

Batistas - Os batistas chegam ao Brasil após a Guerra Civil Americana e se estabelecem no interior de São Paulo. Um dos grupos instala-se em Santa Bárbara d'Oeste (SP) e funda, em 1871, a Igreja Batista de Santa Bárbara d'Oeste, de língua inglesa. Os primeiros missionários desembarcam no Brasil em 1881 e criam no ano seguinte, em Salvador, a primeira Igreja Batista brasileira. Em 1907 lançam a Convenção Batista Brasileira. Em meados do século, surgem os batistas nacionais, os batistas bíblicos e os batistas regulares, que somam 233 mil membros. Em 1991, o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, registra 1,5 milhão de membros em todo o país.

PENTECOSTALISMO

Herdeiro do protestantismo, distingue-se dele em alguns pontos. Um dos principais é a questão da contemporaneidade dos dons do Espírito Santo.
Os integrantes do movimento pentecostal, que nasceu nos Estados Unidos, em 1901, crêem que o Espírito Santo continua a se manifestar nos dias de hoje, da mesma forma que em Pentecostes, na narrativa do Novo Testamento (Atos 2). Nessa passagem, o Espírito Santo manifestou-se aos apóstolos por meio de línguas de fogo e fez com que eles pudessem falar em outros idiomas para serem entendidos pela multidão heterogênea que os ouvia. Para eles, sobressaem os dons da glossolalia (o de falar línguas desconhecidas), da cura e da profecia.
O pentecostalismo chega ao país em 1910, com a fundação da Congregação Cristã no Brasil, na cidade de São Paulo. Atualmente, existem centenas de igrejas, e as principais, além da Congregação Cristã no Brasil, são: Assembléia de Deus (Pará, 1911), Evangelho Quadrangular (São Paulo, 1953), O Brasil para Cristo (São Paulo, 1955), Deus é Amor (São Paulo, 1962) e Igreja Universal do Reino de Deus - IURD (Rio de Janeiro, 1977). De acordo com o censo de 1991, os pentecostais representam 5,6% da população brasileira.

Congregação Cristã no Brasil

Primeira igreja pentecostal instituída no país. Surge em 1910 por iniciativa do italiano Luigi Francescon, de origem presbiteriana, que vem dos Estados Unidos para ensinar imigrantes na América Latina. Começa a pregar em Santo Antônio da Platina (PR) e na capital paulista. Nos primeiros 20 anos, a igreja restringe-se aos imigrantes italianos e a seus descendentes. Está concentrada no Sudeste, principalmente em São Paulo. Durante os cultos nos templos, homens e mulheres sentam-se separados.

Assembléia de Deus

É a maior igreja evangélica da América Latina e a segunda a surgir no Brasil. É fundada em Belém (PA) em 1911, pelos suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren, ex-batistas oriundos dos Estados Unidos. No início dos anos 20, cria-se a Assembléia de Deus do Rio de Janeiro, que passa a ser a sede do grupo. Em 1991, a igreja contava com 2,4 milhões de fiéis. Marca presença em todo o território nacional e continua em ritmo crescente.

Evangelho Quadrangular

Fundada em 1953 na capital de São Paulo pelos missionários norte-americanos Harold Williams e Raumond Boatright. Um ano antes eles haviam conduzido a Cruzada Nacional de Evangelização e pregado em todo o país. Em 1991, a Igreja do Evangelho Quadrangular contava com 360 mil fiéis. Sua presença é mais forte nas regiões sul e sudeste, principalmente no Estado de São Paulo. Enfatiza o dom da cura e a capacidade de falar idiomas desconhecidos (glossolalia).

Deus é Amor

Criada por David Miranda em 1962, tem sede na cidade de São Paulo. Em 1991 contava com quase 170 mil fiéis. Predomina nos estados do sul e sudeste, principalmente São Paulo e Paraná. É bastante rígida quanto aos costumes morais e ressalta os cultos exorcistas.

Fonte: www.portalbrasil.net, CITADO POR: http://www.portalsaofrancisco.com.br

Reforma Protestante e Heróis da Fé

A partir de 1300 começa a  surgir os precursores da Reforma, e os principais foram:

   JOHN WYCLIF (1328? – 1384) – Professor na Universidade de Oxford, na Inglaterra.

   JOHN HUSS (1373? – 1415) – professor na Universidade de Praga, que foi queimado por causa de sua fé, e antes de morrer disse que daqui a 100 anos iria surgir alguém que mudaria a história da igreja.

  
JERÔNIMO SAVONAROLA (1452 – 1498) Florença/Itália , monge dominicano, pregador de grande eloquência, onde as pessoas chegavam meia noite para o ouvir falar na manhã seguinte, entregou uma profecia que o Papa e o rei de Nápoles morreriam dentro de um ano (fato que ocorreu), ele foi enforcado e queimado por ordem do Papa Alexandre VI, em Florença, na Itália.

  
ÚLRICO ZWÍNGLIO (1484 – 1531) – paralelamente a Lutero surgiu na Suíça sua família tinha boa posição social e financeira. Em 1506 tornou-se padre, em 1520 o Papa Adriano VI proibiu-o de pregar.
Em 1531 estourou a guerra entre os cantões católicos e os protestantes, liderados por Zurique. Zwínglio, homem de gênio forte, também foi para o campo de batalha, onde morreu no dia 11 de outubro de 1531.


  
MARTIM LUTERO (1483 – 1546) nasceu em 10 de novembro de 1483, sua família era pobre e lutou com muita dificuldade para estudar (chegando ao ponto de esmolar na rua com músicas), tornou-se monge em 1505 (por causa de uma tempestade), antes de completar 22 anos de idade. 2 anos depois foi para Wittenberg, onde se tornou professor. No dia 31 de outubro de 1517 Lutero afixou na porta da capela de Wittenberg as suas 95 teses contra as indulgências, era o inicio da Reforma. Lutero nunca quis a sizão, e sim a Reforma.
A bula de excomunhão, enviada pelo Papa Leão X chegou em Wittenberg, Lutero queimou-a no muro da cidade.
Depois de um encontro com o Papa, Lutero foi seqüestrado pelo príncipe da Saxônia para mante-lo vivo, assim ele passou vários anos no castelo com o nome de cavaleiro Jorge e o mundo o considerou morto.
Depois disto Lutero resolveu deixar o hábito de monge e se casou com Catarina vom Bora que era freira. Depois Lutero compôs o primeiro hinário.
Encontra-se o seguinte na História da Igreja Cristã, por Souer, Vol. 3, pág. 406: “Martinho Lutero profetizava, evangelizava, falava línguas e interpretava, revestido de todos os dons do Espírito”. Faleceu em Eisleben, no dia 18 de Fevereiro de 1546.

  
GUILHERME FAREL (1489-1565) nasceu em Gap, província francesa de Delfinado, era conhecido como pregador valente e ousado.
Converteu-se em Paris, não queria deixar a igreja Católica e sim reformá-la. Mas logo foi expulso de Paris.
Não sabia planejar, nem organizar, nem liderar, nem pastorear, por isso convidou Calvino para reorganizar a vida religiosa de Genebra.

  

 JOÃO CALVINO (1509-1564) responsável pela sistematização doutrinária e pela expansão do protestantismo. Nasceu em Nono, Picardia, França, no dia 10 de julho de 1509. Seu pai, Geraldo Calvino era advogado, sua mãe morreu quando tinha apenas 3 anos. Antes de completar 12 anos foi nomeado capelão de Lá Gesine. Depois formou-se em Direito.
Em 1532 lançou o seu primeiro livro: “Comentários ao Tratado de Sêneca sobre a Clemência”. Um trabalho de grande erudição. Depois abandona o cargo de capelão.
A sua conversão está entre os anos de 1532-1534. Calvino e  Nicolau Cop foram obrigados a fugir de Paris por falarem parecidos com Lutero, pois o rei Francisco I resolveu agir contra os luteranos.
Em março de 1536, Calvino publicou a sua mais importante obra “Instituição da Religião Cristã”, e mandou para o rei Francisco I.
Em julho de 1536, Calvino chega a Genebra, a cidade havia se declarado oficialmente protestante no dia 21 de mais daquele ano, nesta época Calvino tinha apenas 27 anos.
No dia 23 de abril de 1538, Calvino e Farel foram banidos de Genebra, foi para Estrasburgo, ou casou-se com Idelette de Bure, uma holandesa viúva.
No dia 13 de setembro de 1541 ele entre novamente em Genebra, e em 1559 fundou a Academia Genebriana – a universidade de Genebra.
Faleceu em Genebra em 27 de maio de 1564.

  
JOHN KNOX (1513?-1587) Foi na Escócia que surgiu o nome presbiteriano. E o grande nome da reforma escocesa é John Knox. Não se sabe ao certo a sua conversão, mas em 1547 foi levado para a França, onde ficou preso dezenove meses. Libertado foi para a Inglaterra, onde exerceu o pastorado por 2 anos. Em 1554 teve de fugir da Inglaterra, onde foi para Frankfurt e depois Genebra (acolhido por Calvino).

Em 1559 voltou para a Escócia, onde fez a famosa oração “pai dá-me a Escócia senão eu morro”. Lá extrapolou a área religiosa, atingindo também a vida política e social do país. Sob sua influência, o parlamente escocês declarou o país oficialmente protestante, em dezembro de 1567, e a igreja recebeu o nome de Igreja Presbiteriana, contaminando até o parlamento escocês.  John Knox faleceu no dia 24 de novembro de 1587.

   O presbiterianismo foi levado da Escócia para a Inglaterra; de lá, para os Estados Unidos, e no dia 12 de agosto de 1859, chegou ao nosso país o primeiro missionário presbiteriano:
Ashbel Gren Simonton.
Os seguidores de Calvino se espalharam rapidamente por toda a Europa. Na França, eles eram chamados de
Huguenotes; na Inglaterra, puritanos; na Suíça e Países Baixos, reformados; na Escócia, presbiterianos. E até os dias de hoje a Escócia inteira se denomina presbiteriana.




FONTE:
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JOHN KNOX (1513?-1587)

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/33/John_Knox.jpgTeólogo reformador escocês nascido em Giffordgate, perto de Haddington, Lothian, que se converteu ao calvinismo e tornou a Igreja Presbiteriana oficial no país. Filho de William Knox e de sua mãe Sinclair, uma família de classe média do condado de Haddington, foi educado em sua região e chegou a iniciar estudos na Universidade de Glasgow (1522) e St. Andrews (1531), mas não concluiu estudos superiores. Aparentemente dominava o latim e aprendeu grego e hebreu e foi ordenado padre (1540). Após conhecer o reformista escocês George Wishart, abandonou a Igreja Católica e converteu-se ao protestantismo (1545). Participou da revolta dos reformadores contra o poder religioso de Roma, que culminou com o assassinato do cardeal David Beaton, no castelo de St. Andrews (1546), que naquele mesmo ano havia ordenado a execução do reformista Wishart. Preso pelos franceses e condenado a servir como escravo nas galés (1547-1548). Depois de 19 meses, foi liberado e voltou a Inglaterra, onde Eduardo VI apoiava a Reforma. Porém com a ascensão da católica Maria Tudor ao trono, teve que fugir novamente para o continente, estabelecendo-se em Genebra (1554), governada então por Calvino. Líder carismático, voltou à Escócia, (1555) e ajudou a preparar o novo movimento que culminaria na rebelião contra a França e contra Roma, mas teve outra vez que regressar às pressas ao continente (1556). Regressou à Escócia (1559) e teve atuação fundamental na propagação da Reforma, agora com forte influência calvinista. Foi o principal autor da confissão de fé da Igreja Presbiteriana Escocesa, a Confessio Scotica, reconhecida em pelo Parlamento escocês (1560), e publicou o Book of Discipline (1561), a constituição eclesiástica do presbiterianismo. Morando no castelo de St. Andrews, continuou suas pregações até o fim da vida, período em que escreveu sua principal obra, History of the Reformation in Scotland, onde forneceu, historicamente, os seus dados biográficos, e morreu em Edinburgh, sem nunca ter se casado.



Acesso: http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/JohnKnox.html

JOÃO CALVINO (1509-1564)

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/5b/John_Calvin_-_best_likeness.jpg


O homem responsável pela sistematização doutrinária e pela expansão do protestantismo reformado foi João Calvino. O “pai do protestantismo reformado” é Zwínglio. Mas o homem que moldou o pensamento reformado foi João Calvino. Por isso, o sistema de doutrinas adotado pelas Igrejas Reformadas ou Presbiterianas chama-se calvinismo. João Calvino nasceu em Noyon, Picardia, França, no dia 10 de julho de 1509. Seu pai, Geraldo Calvino, era advogado e secretário do bispado de Noyon. Sua mãe, Jeanne le Franc, faleceu quando ele tinha três anos de idade. A família Calvino tinha amizade com pessoas importantes. E a convivência com essas famílias levou João Calvino a aprender as maneiras polidas da elite daquela época. Geraldo Calvino usou o seu prestígio junto ao bispado para conseguir a nomeação de seus filhos para cargos eclesiásticos, conforme os costumes daquela época. Antes de completar doze anos, João Calvino foi nomeado capelão de Lá Gesine, próximo de Noyon. Não era padre, mas seu pai pagava um padre para fazer o trabalho de capelania e guardava os lucros para o filho. Mais tarde essa capelania foi trocada por outra mais rendosas. Em agosto de 1523, logo depois de ter completado 14 anos, João Calvino ingressou na Universidade de Paris. Ali completou seus estudos de pré-graduação no começo de 1528. A seguir foi para a Universidade de Orléans onde formou-se em Direito. Em maio de 1531 faleceu Geraldo Calvino. E João, que estudara Direito para satisfazer o pai, resolveu tornar-se pesquisador no campo de literatura e filosofia. Para isto, matriculou-se no Colégio de França, instituição humanista fundada pelo rei Francisco I. Estudou Grego, Latim e Hebraico. Tornou-se profundo conhecedor dessas línguas. Em 1532 João Calvino lançou o seu primeiro livro: Comentários ao Tratado de Sêneca sobre a Clemência. Os intelectuais elogiaram muito a obra. Era um trabalho de grande erudição. Mas o público ignorou o lançamento – poucos compraram o livro. João Calvino converteu-se a Jesus Cristo entre abril de 1532 e o início de 1534. Não se sabe detalhes da sua experiência. Mas a partir daí Deus passou a ocupar o primeiro lugar em sua vida. No dia 1º de novembro de 1533 Nicolau Cop, amigo de Calvino, tomou posse como reitor da Universidade de Paris. O seu discurso de posse falava em reformas, usando linguagem semelhante às idéias de Lutero. E o comentário geral era que o discurso tinha sido escrito por Calvino. O rei Francisco I resolveu agir contra os luteranos. Calvino e Nicolau Cop foram obrigados a fugir de Paris. No dia 4 de maio de 1534 Calvino compareceu ao palácio do bispo de Noyon, a fim de renunciar ao cargo de capelão. Foi preso, embora por um período curto. Libertado logo depois, achou melhor fugir do país. E no final de 1535 chegava a Basiléia cidade protestante, onde se sentiu seguro. Em março de 1536 Calvino publicou a sua mais importante obra – Instituição da Religião Cristã. O prefácio da obra era uma carta dirigida ao rei da França, Francisco I, defendendo a posição protestante. Mas a Instituição era apenas uma apresentação ordenada e sistemática da doutrina e da vida cristã. A edição definitiva só foi publicada em 1559. A Instituição da Religião Cristã, conhecida como Institutas de Calvino, é a mais completa e importante obra produzida no período da Reforma. [Veja a seção As Institutas do site Teologia Calvinista. Em julho de 1536 Calvino chegou a Genebra. A cidade tinha se declarado oficialmente protestante no dia 21 de maio daquele ano. E Guilherme Farel lutava para reorganizar a vida religiosa da cidade.
Calvino estava hospedado em uma pensão, quando Farel soube que ele estava na cidade. Foi ao seu encontro e o convenceu a permanecer ali para ajudá-lo na reorganização da cidade.
Calvino era bem jovem – tinha apenas 27 anos. A publicação das Institutas fizera dele um dos mais importantes líderes da Reforma na França. Mas o seu início em Genebra foi muito modesto. Inicialmente ele era apenas um preletor de Bíblia. Um ano depois foi nomeado pregador.  Mas enquanto isso elaborava as normas que pretendia implantar e fazer de  Genebra uma  comunidade modelo.
João Calvino teve muitos adversários e opositores em Genebra. À medida que ele ia apresentando as normas que pretendia implantar na cidade, a fim de torná-la uma comunidade modelo, a oposição ia crescendo. Finalmente a oposição venceu as eleições. E no dia 23 de abril de 1538, Calvino e Farel foram banidos de Genebra.
Calvino foi para Estrasburgo, onde pastoreou uma igreja constituída de refugiados franceses. Ali viveu os dias mais felizes de sua vida. Casou-se. A escolhida se chamava Idelette de Bure. Era holandesa. E viúva.
Genebra, enquanto isso, passava por várias mudanças. Os adversários de Calvino foram derrotados. E, no dia 13 de setembro de 1541, ele entrava novamente em Genebra. Voltava por insistência de seus amigos. Voltava fortalecido. E, enfim, pôde reorganizar a vida religiosa da cidade.
Calvino introduziu o estudo do seu catecismo, o uso de uma nova liturgia, um governo eclesiástico presbiterial, disciplinou a vida civil, estabeleceu normas para o funcionamento do comércio e fez de Genebra uma cidade modelo.
No dia 29 de março de 1549 Idelette faleceu. Mas Calvino continuou o seu trabalho. Pesquisava, escrevia comentários bíblicos e tratados teológicos, administrava, pastoreava, incentivava...
Em 1559 fundou a Academia Genebrina – a Universidade de Genebra. Jovens de vários países vieram estudar ali e levaram a semente do evangelho na volta à sua terra. Esses jovens se espalharam pela França, Países Baixos, Inglaterra, Escócia, Alemanha e Itália.



GUILHERME FAREL (1489-1565)

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/73/GuillaumeFarel.jpg

Guilherme Farel ou William Farel (1489 - 13 de setembro de 1565) - Guillaume Farel em francês - foi um evangelista francês, e um dos fundadores da Igreja Reformada nos cantões de Neuchâtel, Berna, Genebra e Vaud na Suíça. Ele é freqüentemente lembrado por ter persuadido João Calvino a permanecer em Genebra em 1536, e o fazê-lo retornar em 1541, após ter sido expulso em 1538. Eles influenciaram o governo de Genebra até o ponto de ele se tornar um estado teocrático, a "Roma protestante", onde se refugiaram os protestantes e os não-protestantes foram perseguidos. Junto com Calvino, Farel trabalhou para treinar pregadores missionários que difundiram a causa protestante para outros países, especialmente a França.
Farel era um pregador ardente e um enérgico crítico da Igreja Católica. Nos primeiros anos da Reforma Protestante na França, ele era um aluno do reformador Jacques Lefèvre d'Étaples. Com Lefevre ele se tornou um membro do Cercle de Meaux reunidos em 1519 pela mentalidade reformista do bispo de Meaux, Guillaume Briçonnet, que convidou uma série de humanistas evangélicos para trabalhar na sua diocese para ajudar a implementar o seu programa de reforma dentro da Igreja Católica. Este grupo de humanistas também incluía Josse van Clichtove, Martial Mazurier, Gérard Roussel, e François Vatable. Os membros do círculo de Meaux possuíam talentos diferentes, mas eles geralmente enfatizaram o estudo da Bíblia. Enquanto trabalhava com Lefevre em Meaux, Farel foi influenciado pelas idéias luteranas e tornou-se um ávido promotor delas. Após suas idéias serem condenadas pela Universidade de Sorbonne, Farel passou à pregar com fervor em Dauphiné.

Ele foi forçado a fugir para a Suíça por causa da polêmica despertada por seus escritos contra o uso de imagens na liturgia cristã, ao qual acreditava ser idolatria. Passou algum tempo em Zurique com Ulrico Zuínglio e em Estrasburgo, com Martin Bucer. Ele convenceu Neuchâtel à aderir à reforma em 1530.

Ele se estabeleceu em Genebra, em 1532, onde permaneceu como ministro, juntamente com Calvino, mas rompendo com ele sobre a questão da Eucaristia. Ele foi banido de Genebra em 1538, em parte por suas posições rigorosas, e aposentou-se a Neuchâtel, onde morreu.


MARTINHO LUTERO (1483-1546)



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 Era um destacado monge agostiniano, doutor em teologia e pregador na cidade de Wittemberg, quando ocorreu uma grande transformação em sua vida. Ele mesmo contou: Desejando ardentemente compreender as palavras de Paulo, comecei o estudo da Epístola aos Romanos. Porém, logo no primeiro capítulo consta que a justiça de Deus se revela no Evangelho (vs 16 e 17). Eu detestava as palavras “a justiça de Deus”, porque conforme fui ensinado, eu a considerava como um atributo do Deus santo que o leva a castigar os pecadores. Apesar de viver irrepreensivelmente, como monge, a consciência perturbada me mostrava que era pecador perante Deus. Assim odiava a um Deus justo, que castiga os pecadores… Senti-me ferido de consciência, revoltado intimamente, contudo voltava sempre ao mesmo versículo, porque queria saber o que Paulo ensinava. Contudo, depois de meditar sobre esse ponto durante muitos dias e noites, Deus, na sua graça, me mostrou a palavra “o justo viverá da fé”. Vi então que a justiça de Deus, nessa passagem, é a justiça que o homem piedoso recebe de Deus pela fé, como dádiva. Então me achei recém nascido e no Paraíso. Todas as Escrituras tinham para mim outro aspecto; perscrutava-as para ver tudo quanto ensinam sobre a justiça de Deus. Antes, estas palavras eram-me detestáveis; agora as recebo com o mais intenso amor. A passagem me servia como a porta do Paraíso. Em outubro de 1517, Lutero afixou à porta da Igreja do Castelo de Wittemberg as 95 teses, o teor das quais é que Cristo requer o arrependimento e a tristeza pelo pecado e não a penitência. Lutero afixou as teses para um debate público, na porta da igreja, como era costume nesse tempo. Estas teses, escritas em latim, foram logo traduzidas para o alemão, holandês e espanhol. Logo, estavam na Itália, fazendo estremecer os alicerces de Roma. Foi desse ato de afixar as 95 teses que nasceu a Reforma.  Um ano depois de afixar as teses, Lutero era o homem mais popular em toda a Alemanha. Quando a bula de excomunhão, enviada pelo Papa, chegou a Wittemberg, Lutero respondeu com um tratado dirigido ao Papa Leão X, exortando-o, no nome do Senhor, a que se arrependesse. A bula do Papa foi queimada fora do muro da cidade de Wittemberg, perante grande ajuntamento do povo. Lutero era um erudito em hebraico e grego, o que facilitou sua grande obra, a tradução da Bíblia para o alemão. Ele mesmo escreveu para o seu povo: Jamais em todo o mundo se escreveu um livro mais fácil de compreender do que a Bíblia. Comparada aos outros livros, é como o sol em contraste com todas as demais luzes. Não vos deixeis levar a abandoná-la sob qualquer pretexto. Se vos afastardes dela por um momento, tudo estará perdido; podem levar-vos para onde quer que desejam. Se permanecerdes com as Escrituras, sereis vitoriosos.   Depois de abandonar o hábito de monge, Lutero resolveu deixar por completo a vida monástica, casando-se com Catarina von Bora, freira que também saíra do claustro, e geraram seis filhos.
Disponível em:
http://pregar.wordpress.com/2009/02/05/vida-e-obra-de-martinho-lutero-1483-1546/

ÚLRICO ZWÍNGLIO (1484 – 1531)

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Ulrich (Huldreich) Zwingli, nascido em 1 de janeiro de 1484 e faleceu no dia 11 de outubro de 1531, foi um dos líderes da Reforma, na Suíça, filho de um próspero fazendeiro, ele estudou música, filosofia escolástica e matérias humanísticas, em Viena, Berna e Basileia. Tornou-se sacerdote em Glarus (1506-1516) e de acompanhamento, como capelão de mercenários suíços na campanha italiana diversos, ficaram convencidos de que o sistema mercenário foi um grande mal. De Glarus, Zwingli foi para Einsiedeln como pastor da paróquia, onde continuou seus estudos da Bíblia, os Padres da Igreja e os clássicos. Ele foi fortemente influenciado por Erasmo em favor da reforma da igreja.
Em 1519, Zwingli iniciou as suas funções como sacerdote de pessoas na grande ministério em Zurique, onde ele pregou poderosos sermões sobre o comércio Escritura mercenários condenados, desistiu de sua própria concessão papal e atacou os abusos eclesiásticos. Em 1522, havia conflitos com o bispo de Constança, quando vários apoiantes de Zwingli comeu carne em um dia de jejum Zwingli também se casou e, assim, quebrou o seu voto de celibato sacerdotal. Iconoclasts em 1524 eliminou estátuas religiosas da igreja, e no próximo Aao missa católica foi substituída por uma comunhão Zwinglian pão eo vinho como símbolos do corpo e sangue de Cristo. O Sessenta e sete artigos de Zwingli (1523) para as disputas tornaram-se um documento de base doutrinária da Igreja Reformada na Suíça. Zwingli foi ativo na extensão da reforma de outras cidades suíças como Basiléia, St. Gallen e Berna. Envolvido em disputas com adversários, não só católicos, mas também com os reformadores luteranos porque negava a presença real de Cristo em qualquer forma de Eucaristia. O esforço para conciliar os pontos de vista de Lutero e Zwingli no Colóquio de Marburg (1529) falhou. Zwingli também se opôs os anabatistas de Zurique, que rejeitaram o batismo infantil. Ele morreu na batalha de Kappel, em 1531, quando os cantões católicos do sul da Suíça, Zurique atacado.


JERÔNIMO SAVONAROLA (1452 – 1498)

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O povo de toda a Itália afluía, em número sempre crescente, a Florença. A famosa Duomo não mais comportava as enormes multidões. O pregador, Jerônimo Savonarola, abrasado com o fogo do Espírito Santo e sentindo a iminência do julgamento de Deus, trovejava contra o vício, o crime e a corrupção desenfreada na própria igreja. O povo abandonou a leitura das publicações torpes e mundanas, para ler os sermões do ardente pregador: deixou os cânticos das ruas, para cantar os hinos de Deus. Em Florença, as crianças fizeram procissões, coletando as máscaras carnavalescas, os livros obscenos e todos os objetos supérfluos que serviam à vaidade. Com isso formaram em praça pública uma pirâmide de vinte metros de altura e atearam-lhe fogo. Enquanto o monte ardia, o povo cantava hinos e os sinos da cidade dobravam em sinal de vitória.
Se o ambiente político fosse o mesmo que depois veio a ser na Alemanha, o intrépido e devoto Jerônimo Savonarola teria sido o instrumento usado para iniciar a Grande Reforma, em vez de Martinho Lutero. Apesar de tudo, Savonarola tornou-se um dos ousados e fiéis arautos para conduzir o povo à fonte pura e às verdades apostólicas registradas nas Sagradas Escrituras.
Jerônimo era o terceiro dos sete filhos da família. Nasceu de pais cultos e mundanos, mas de grande influência. Seu avô paterno era um famoso médico na corte do duque de Ferrara e os pais de Jerônimo planejavam que o filho ocupasse o lugar do avô. No colégio, era aluno esmerado. Mas os estudos da filosofia de Platão e de Aristóteles, deixaram-lhe a alma sequiosa. Foram, sem dúvida, os escritos de Tomaz de Aquino que mais o influenciaram (a não ser as próprias Escrituras) a entregar inteiramente o coração e a vida a Deus. Quando ainda menino, tinha o costume de orar e, ao crescer, o seu ardor em orar e jejuar aumentou. Passava horas seguidas em oração. A decadência da igreja, cheia de toda a qualidade de vício e pecado, o luxo e a ostentação dos ricos em contraste com a profunda pobreza dos pobres, magoavam-lhe o coração. Passava muito tempo sozinho, nos campos e à beira do rio Pó, em contemplação perante Deus, ora cantando, ora chorando, conforme os sentimentos que lhe ardiam no peito. Quando ainda jovem, Deus começou a falar-lhe em visões. A oração era a sua grande consolação; os degraus do altar, onde se prostrava horas a fio, ficavam repetidamente molhados de suas lágrimas.
Houve um tempo em que Jerônimo começou a namorar certa moça florentina. Mas quando ela mostrou ser desprezo alguém da sua orgulhosa família Strozzi, unir-se a alguém da família de Savonarola, Jerônimo abandonou para sempre a idéia de casar-se. Voltou a orar com crescente ardor. Enojado do mundo, desapontado acerca dos seus próprios anelos, sem achar uma pessoa compassiva a quem pudesse pedir conselhos, e cansado de presenciar injustiças e perversidades que o cercavam, coisas que não podia remediar, resolveu abraçar a vida monástica.
Ao apresentar-se no convento, não pediu o privilégio de se tornar monge, mas rogou que o aceitassem para fazer os serviços mais vis, da cozinha, da horta e do mosteiro.Na vida do claustro, Savonarola passava ainda mais tempo em oração, jejum e contemplação perante Deus. Sobrepujava todos os outros monges em humildade, sinceridade e obediência, sendo apontado para lecionar filosofia, posição que ocupou até sair do convento.
Depois de passar sete anos no mosteiro de Bolongna, frei (irmão) Jerônimo foi para o convento de São Marcos, em Florença. Grande foi o seu desapontamento ao ver que o povo florentino era tão depravado como o dos demais lugares. (Até então ainda não reconhecia que somente a fé em Deus salva o pecador).
Ao completar um ano no convento de São Marcos, foi apontado instrutor dos noviciados e, por fim, designado pregador do mosteiro. Apesar de ter ao seu dispor uma excelente biblioteca, Savonarola utilizava-se mais e mais da Bíblia como seu livro de instrução.
Sentia cada vez mais o terror e a vingança do Dia do Senhor que se aproxima e, às vezes, entregava-se a trovejar do púlpito contra a impiedade do povo. Eram tão poucos os que assistiam às suas pregações, que Savonarola resolveu dedicar-se inteiramente à instrução dos noviciados. Contudo, como Moisés, não podia escapar à chamada de Deus!
Certo dia, ao dirigir-se a uma feira, viu, repentinamente, em visão, os céus abertos e passando perante seus olhos todas as calamidades que sobrevirão à igreja. Então lhe pareceu ouvir uma voz do Céu ordenando-lhe anunciar estas coisas ao povo.

Convicto de que a visão era do Senhor, começou novamente a pregar com voz de trovão. Sob a nova unção do Espírito Santo a sua condenação ao pecado era feita com tanto ímpeto, que muitos dos ouvintes depois andavam atordoados sem falar, nas ruas. Era coisa comum, durante seus sermões, homens e mulheres de todas as idades e de todas as classes romperem em veemente choro.
O ardor de Savonarola na oração aumentava dia após dia e sua fé crescia na mesma proporção. Freqüentemente, ao orar, caía em êxtase. Certa vez, enquanto sentado no púlpito, sobreveio-lhe uma visão, durante a qual ficou imóvel por cinco horas, quando o seu rosto brilhava, e os ouvintes na igreja o contemplavam.
Em toda a parte onde Savonarola pregava, seus sermões contra o pecado produziam profundo terror. Os homens mais cultos começaram então a assistir às pregações em Florença; foi necessário realizar as reuniões na Duomo, famosa catedral, onde continuou a pregar durante oito anos. O povo se levantava à meia-noite e esperava na rua até a hora de abrir a catedral.
O corrupto regente de Florença, Lorenzo Medici, experimentou todas as formas: a bajulação, as peitas, as ameaças, e os rogos, para induzir Savonarola a desistir de pregar contra o pecado, e especialmente contra a perversidade do regente. Por fim, vendo que tudo era debalde, contratou o famoso pregador, Frei Mariano, para pregar contra Savonarola. Frei Mariano pregou um sermão, mas o povo não prestou atenção à sua eloqüência e astúcia, e ele não ousou mais pregar.
Nessa altura, Savonarola profetizou que Lorenzo, o Papa e o rei de Nápoles morreriam dentro de um ano, e assim sucedeu.
Depois da morte de Lorenzo, Carlos VIII, da França, invadiu a Itália e a influência de Savonarola aumentou ainda mais. O povo abandonou a literatura torpe e mundana para ler os sermões do famoso pregador. Os ricos socorriam os pobres em vez de oprimi-los. Foi neste tempo que o povo fez a grande fogueira, na "piazza" de Florença e queimou grande quantidade de artigos usados para alimentar vícios e vaidade. Não cabia mais, na grande Duomo, o seu imenso auditório.
Contudo, o sucesso de Savonarola foi muito curto. O pregador foi ameaçado, excomungado e, por fim, no ano de 1498, por ordem do Papa, foi queimado em praça pública. Com as palavras: "O Senhor sofreu tanto por mim!", terminou a vida terrestre de um dos maiores e mais dedicados mártires de todos os tempos.
Apesar de ele continuar até a morte a sustentar muitos dos erros da Igreja Romana, ensinava que todos os que são realmente crentes estão na verdadeira Igreja. Alimentava continuamente a alma com a Palavra de Deus. As margens das páginas da sua Bíblia estão cheias de notas escritas enquanto meditava nas Escrituras. Conhecia uma grande parte da Bíblia de cor e podia abrir o livro instantaneamente e achar qualquer texto. Passava noites inteiras em oração e foram-lhe dadas revelações quando em êxtase, ou por visões. Seus livros sobre "A Humildade", "A Oração", "O Amor", etc., continuam a exercer grande influência sobre os homens. Destruíram o corpo desse precursor da Grande Reforma, mas não puderam apagar as verdades que Deus, por seu intermédio, gravou no coração do povo.
Disponível em: http://guinevereuniversidade.blogspot.com/2009/05/jeronimosavonarola-precursor-da-grande.html

JOHN HUSS (1373? – 1415)


http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/b6/Jan_Hus.jpgNascido em Hussinec, na Boêmia, hoje Tchecoslováquia, em 1373, de uma família pobre que vivia da agricultura. Ele recebeu boa educação elementar e cursou na Universidade de Praga (capital atual da República Tcheca), onde terminou seu mestrado em Filosofia no ano de 1396.
Dois anos depois, Huss começou ensinar na Universidade, e em 1401, veio a ser o seu reitor. Em 1400, Huss foi separado como padre e foi-lhe entregue a responsabilidade da prestigiada Capela de Belém.
Após o casamento do rei inglês, Ricardo II da Inglaterra com Ana, filha do imperador Carlos IV da Boêmia em 1382, os ensinamentos de Wycliff foram logo introduzidos no país. Estudando-os bem de perto, Huss começou não só a pregar, como também traduzir as obras de Wycliff na língua Tcheca.
Pregador e Precursor da Reforma na Boêmia Em 1403, John Huss se propôs a reformar a Igreja Romana na Boêmia, ensinando que o papado não tinha nenhuma autoridade de oferecer a remissão dos pecados através da venda de indulgências, como também questionou a legitimidade dos dois papas rivais Gregorio XII e AlexandreV. Por esta razão, em 1408, os incontentos padres e colegas da Universidade de Praga condenaram a Huss, e como resultado, foi proibido de exercer suas funções eclesiásticas em Praga.
Um ano depois, ele recebe novas acusações de estar ensinando heresias; mas não para de pregar na Capela de Belém. Em 1411, Huss é excomungado de sua congregação, e todos os cultos, cerimônias de batizado e funeral foram anulados. Tal ato trouxe grande revolta nos cidadãos de Praga, os quais defenderam a Huss.
O cúmulo da corrupção papal sucedeu em 1412, quando João XXIII lançou uma cruzada contra o Rei Ladislau de Nápoles, e ofereceu a remissão completa de pecados a todos os que participassem na guerra, ou a venda da indulgência para os que a suportassem. Ao ouvir tal notícia contrária a todos os preceitos bíblicos, Huss se levanta e ataca o papado de usar sanções espirituais e indulgências para fins pessoais e políticos. Em contra-ataque, Jan Huss foi excomungado de Roma e obrigado a deixar Praga.
A Intimidação Se Inicia Durante o seu exílio, Huss teve a oportunidade de concluir uma de suas obras mais importantes, “De Ecclesia”. No ano de 1414, os líderes da Igreja Romana se reuniram para um Concílio em Constança (atualmente na Alemanha), e John Huss foi convocado a comparecer a fim de esclarecer seus ensinos controversiais com o da Igreja. O imperador Boêmio, Sigismund, prometeu salvo-conduto, mas, após um mês em Constança, os seguidores do Papa João XXIII o prenderam, e ele foi impelido pelo Concílio de se retratar. Huss permanceceu preso durante os sete meses de seu julgamento, e pouca oportunidade foi-lhe dada de se defender. Por não voltar atrás, Jan Huss foi condenado como hereje, despido e queimado na estaca fora da cidade no dia 6 de julho de 1415.
Huss morreu cantando o hino em grego “Kyrie eleeson” (Senhor, tem misericórdia). O local de sua morte é marcado até hoje com uma pedra memorial. Como Wycliff, Huss lutou pela reforma da Igreja pagando o preço com sua vida. Os perseguidores destruíram o corpo, mas não os ensinos de Huss, que foi espalhado por toda a Europa por seus discípulos mais radicais, conhecidos como Taboritas. Estes rejeitaram tudo na fé e na prática da Igreja Romana que não se encontrasse na Bíblia. Destes discípulos surgiu a Igreja Moraviana, a qual tornou-se mais tarde numa das igrejas de mais visão missionária da História da Igreja. O resultado do trabalho de Huss e de tantos outros foi vista um século depois, na pessoa de Lutero.
Disponível em:
http://corraprajesus.blogspot.com/2006/08/biografia-de-johnhuss.html

JOHN WYCLIF (1328? – 1384)

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/c/cb/John_Wycliffe_01.jpgProfessor e teólogo reformador religioso inglês do séc. XIV nascido em Richmond, Yorkshire, pensador mais representativo da Europa pré-luterana que organizou a primeira tradução completa da Bíblia para o inglês e, assim, contrariando a vontade papal, mudou a história do aprendizado e propagação da religião cristã, a partir de então feita pelo grupo herético dos lollaerds, traduzido como lolardos ou clérigos pobres. Descendente de uma rica e tradicional família da região de Yorkshire, proprietária de muitas terras nas redondezas de Ipreswell, hoje Hipswell, onde foi educado e, depois, enviado pela família para estudar na Universidade de Oxford (1345). Em Oxford dedicou-se aos estudos de teologia, filosofia e legislação canônica e conheceu as teorias do irlandês João Escoto Erígena (810-877) e do inglês William de Ockham (1280-1349)

Tornou-se mestre do Balliol College (1360), em Oxford, mas ordenou-se e renunciou ao cargo para exercer a função de vigário de Fillingham (1361). Dois anos depois voltou para estudar em Oxford (1363), bacharelou-se em teologia (1365) e recebeu o grau de doutor em teologia (1372). Tornou-se professor de teologia e Reitor de Lutterworth, Leicestershire (1374), nomeado por Eduardo III. Considerado precursor das reformas religiosas que sacudiram a Europa nos séculos XV e XVI, questionava a autoridade do papa, na época Gregório XI, e do clero. Neste período também destacou-se defendendo a devolução dos bens eclesiásticos ao poder temporal encarnado pelo soberano, ganhando reputação de patriota e reformista. Pregando a incompatibilidade entre várias normas do clero e os ensinos de Jesus e seus apóstolos, afirmava que havia um grande contraste entre o que a Igreja era e o que deveria ser, por isso defendia reformas. No mesmo ano (1374) foi comissionado para integrar o grupo que discutia com representantes do papa Gregório XI as diferenças entre a Inglaterra e Roma, como a questão dos provisores, o direito papal de preencher os cargos eclesiásticos por nomeação e as taxas papais. Em um dos seus importantes tratados (1379), negava a presença de Cristo na Eucaristia, além da eficácia dos sacramentos, e rejeitava os ritos. 

Defendeu de público a fracassada insurreição camponesa (1381), mas ele escapou da prisão graças ao prestígio junto ao povo e aos intelectuais de Oxford. Em seguida retirou-se para a paróquia de Lutterworth, Leicestershire, onde morreu três anos depois, aos 64 anos, no último dia do ano (1384). Todas as suas obras foram proibidas e o Concílio de Constança (1415) condenou oficialmente as idéias do teólogo. Escreveu inicialmente obras de natureza filosófica como De ideis e Tractatus de logica e de política-religiosa tais como De dominio divino libri tres, Tractatus de civili dominio, De Ecclesia, De officio regis e De protestate papae. Trabalhou na primeira tradução da Bíblia para o idioma inglês, que ficou conhecida como a Bíblia de Wycliffe. Suas idéias, no entanto, encontraram continuidade na tradição lolardista britânica e no movimento hussita da Boêmia, que as transmitiram de forma indireta aos teólogos da Reforma.

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